VIAGEM NO TEMPO

08/10/2021 00:40
Você já viajou no tempo? Aconteceu hoje comigo. Estava desarmada, sem qualquer pensamento formal em um trajeto em carro de aplicativo, trânsito pesado, carro lento e...
Ali, tão perto, um quadro que me transportou imediatamente ao passado. Um jovem casal, Ele de calça jeans e camiseta de malha, cabelos encaracolados, sorriso alegre e confiante, recebendo um abraço de possessão de sua namorada que seguia agarrada no passante do cinto. Ele, miúda perto dele, parecia realizada, cabelos longos e sedosos, ruivos, dançando ao vento. Seios fartos sem discrepâncias, cintura marcada e aquele uniforme estudantil lhe caia com perfeição atraído olhos fisgados pelos fetiches que todo o conjunto provocava.
Época boa, sem os tantos compromissos que hoje acumulo, um namoradinho respeitoso que acatava todos os meus limites apesar de me estimular a ir adiante me deixando sempre mais gulosa.
Sempre que ele podia me acompanhava até a escola e diariamente ia me pegar e voltávamos namorando e conversando por todo caminho.
Lula não era ciumento, mas cuidava de mim e de quem de mim se aproximasse. Eu tinha todos os amigos, minhas e meus colegas se mantinham distantes, exceto o Beto. Ele se fez amigo do Lula e tentava roubar o máximo ele de mim. E eu sabia que ele tinha uma atração indisfarçável por mim. Descaradamente elogiava meu corpo, meu jeito, meu olhar e seus desejos, os mais impuros, eram confessados descaradamente.
Nesta minha viagem percebi que ainda não me perdoara por ter traído o Lula tão significava e intensamente.
O beijo delicioso do meu namorado, na despedida, me incendiou. Ele prometia um fim de tarde delicioso e foi com dificuldade que atendi os apelos de Beto me chamando para a aula.
Assim que entrei o portão de fechou. Corri para alcançar o Beto que foi me puxando para as escadas da velha escola. Só que Beto me levou em uma direção errada, que levava a área administrativa.
No fim da escadaria me empurrou para a lateral do patamar, contornado a escada e me vi num recanto claro, mas indevassável.
— Perdão. Não suporto mais. Estou sufocado e machucado por esse seu enfadonho romance cheio de marasmo com o babaca do Lula.
Eu estava cada vez mais assustada. Via um enorme sofrimento naquele olhar duro de Beto, sempre tão sorridente e brincalhão.
— Preciso de você menina. Você é minha razão de viver, de estar aqui, de tomar banho, me vestir.
— Venho aqui para estar com você, nada mais me importa.
Enquanto ele falava meu coração acelerava de susto e por perceber tanta paixão. Beto estava muito mais apaixonado por mim do que o Lula e aquilo... aquilo me assustava.
Beto, com a mão trêmula, tocou meu rosto, se aproximou de mim, me olhando profundamente nos olhos e puxou meu rosto de encontro ao dele. O beijo foi inevitável, deliciosamente inevitável e assustador. Meu corpo se arrepiou, minhas pernas tremeram e eu estava tendo o mais rápido orgasmo de minha vida.
Em sua fúria apaixonava ele me desarmava e conquistava. Sua boca passeava e meu rosto e foi ganhando espaços. Garganta, orelhas, pescoço e seios!!! Como ele desnudou meus seios? Como ele retirou totalmente meu sutiã? Como abriu minha blusa que estava até fora da saia erguida e amassada.
Enquanto me dominava com beijos e carícias estonteantes; enquanto me encarava me vendo por dentro através do nosso olhar, ele guiou minhas mãos para sua virilha e eu estava trabalhando como faço de hábito com Lula.
Eu estava entregue, desejosa, igualmente apaixonada por envolvida por aquele macho que me cercava com pelo de cordeiro, mas que era um delicioso lobo.
Livrei uma pica dura, pulsante e úmida dos panos e, sem nem perceber, me abaixei colhendo aquele corpo em minha boca. Juro que não foi premeditado, apenas força do hábito.
Senti quando num exercício simples ele removeu minha calcinha. Me desesperei quando ele a guardou no bolso de sua calça e, quando fui reagir, ele, com facilidade, me tomou no seu colo, guiou minhas pernas para sua cintura. Ele, então, acariciou com sua pica toda minha vulva, se alojou na entrada da vagina e sem qualquer esforço foi me penetrando.
Sento quando ele se encaixou em meu hímen. Eu conhecia bem meus limites para preservá-los.
— Você era virgem?
— Hein?!?!
— Obrigado por guardar para mim esse troféu maravilhoso. Jamais esquecerei esse momento.
Ante que eu esboçasse alguma reação Beto provocou um segundo orgasmo inédito. Se o primeiro foi o mais veloz esse estava sendo o mais intenso, mais arrebatador, mais inexplicável, mais abrangente e o mais...
Eu literalmente explodi de dentro para fora. Perdi todo e qualquer controle sobre meu corpo. Minha pélvis desejava engolir aquele menino inteiro. O grito por Lula chegou a passar pela minha mente, mas ela estava impregnada e eu murmurei gemendo:
— Beto, meu louco. Meu louquinho.
Minha respiração estava mais que ofegante, eu transpirava, mas a volta foi ainda mais veloz. O carro tinha parado em um sinal logo a frente e o motorista, assustado, queria saber se eu estava passando bem. Antes de retomar totalmente meu corpo olhei ao redor e o casal indiferente tinha apenas atravessado a rua. Não, não tenho mais nada a contar. Foi um desencanto.